domingo, 29 de novembro de 2009

A NOVA ERA DA BIOMASSA



     O petróleo, infelizmente é a matriz mundial de energia. E o fim da sua era abre possibilidades para uma nova era, a da biomassa, que é o conjunto da produção animal e vegetal possível de ser convertida em energia disponível.
     Esta deverá ser a nova matriz energética.
     Um fato é certo, a geografia do poder se alterará com a mudança da geografia energética, e os americanos, europeus e japoneses sabem disto.
     A matriz petrolífera e seu uso causaram grandes danos ao planeta com poluição e destruição indiscriminada dos recursos naturais, e este custo ambiental nem sequer foi contabilizado, e o conhecimento de seus efeitos desastrosos sobre a vida do planeta somente esta se iniciando agora.
     A escassez, dificuldade de extração, os custos de beneficiamento e refino, já se reflete nos preços deste dito “ouro negro”.
     A catástrofe ambiental que se avizinha não é divulgada à opinião pública por causa dos interesses políticos e estratégicos.
     Só para se ter uma idéia, 2/3 da população poderá passar fome, por sua agricultura depender diretamente dos adubos nitrogenados, advindos do petróleo.
     Hoje todos os estudos apontam para a biomassa, como a principal fonte de matéria prima, capaz de sustentar uma nova matriz energética global.
     A biomassa substitui o petróleo, gás e carvão em todos os seus produtos, plástico, borracha etc., mas principalmente o combustível líquido e o adubo nitrogenado com vantagens.
     Para se produzir 1k de sulfato de amônia, são necessários 2k de petróleo ou 4k de carvão mineral, mas pela rota simples do etanol, a mesma quantidade pode ser produzida com 2k de álcool.
     O petróleo é carbono, hidrogênio, enxofre e impurezas (finito), o álcool é carbono, hidrogênio e oxigênio (renovável).
     A matriz energética mundial não se compara ao poder da biomassa florestal e agrícola.
     No caso da hidroeletricidade, que na matriz mundial não chega a 3%, a tendência é diminuir à medida que se esgotam os potenciais hidrelétricos (desníveis), e se agravam os problemas de inundações de milhares de kilômetros de grotas com destruição total de plantas e animais. No Brasil, com potencial de 200 milhões de kilowatts, isto não chega a 10% do potencial de energia térmica a lenha.
     Dados da Chesf, em 5% da área não agricultável do nordeste, mas viável para o plantio de florestas, pode-se ter 10 vezes o potencial hidrelétrico da região.
     Se plantássemos ou manejássemos 30% do estado de minas gerais com florestas energéticas, em áreas não apropriadas para agricultura, teríamos 10 vezes o potencial instalado atual da Cemig, criando empregos e respeitando o meio ambiente com energia renovável.
     Meus amigos, todos somos formadores de opinião, facilitadores e multiplicadores de informação.
     Infelizmente, nosso país foi colonizado e não educado. Piratas com nomes e modos diferentes perpetuam os saques iniciado a séculos, e pior que pirata estrangeiro é o falso brasileiro.
     Nosso país tem a maior biodiversidade do mundo, e o mundo sabe disso.
     Se cada um de nós souber atuar com ética e responsabilidade, utilizando o maior poder, o conhecimento, talvez estaremos escrevendo uma nova história, a história de uma potência tropical chamada Brasil.


Autor: CARLOS A.R. FERRAZ

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